Comprar um carro é sempre um momento de felicidade. Afinal de contas, seja ele o nosso primeiro veículo ou uma troca para um superior, é sempre bom mudar as coisas, sair da rotina e a emoção de outro automóvel é incrível.
Mas, nem sempre temos todo o dinheiro necessário para isso guardado em uma poupança (como seria o ideal), nestas horas precisamos recorrer ao financiamento, que é uma maneira fácil e prática de resolver o problema do dinheiro e, dependendo do caso, até mesmo conseguir segurar um dinheiro a mais para fazer um investimento ou outra coisa importante.
Pensando nisso, nós resolvemos criar este artigo sobre como financiar um veículo usado. Nas linhas abaixo você vai aprender a fazer uma simulação, entender quais os tipos de financiamentos existentes e claro como escolher um bom financiamento.
Simular financiamento de um carro usado
Geralmente, as pessoas começam a procurar por um carro na internet ou até mesmo nas garagens de automóveis usados. Entretanto, esta não é a decisão mais acertada para quem deseja financiar um veículo.
O primeiro passo, como toda compra, deve ser o planejamento. Antes de ir cair no papo de um vendedor, é bom termos em mente exatamente qual o modelo e ano de carro que queremos comprar.
Dessa maneira, conseguiremos filtrar as “oportunidades” que muitas garagens oferecem e que, na verdade, acabam se tornando verdadeiros empecilhos com o passar do tempo.
Então, após definir ano e modelo do seu novo carro usado, é hora de ir até os sites dos bancos, financeiras e cooperativas de créditos que oferecem a opção de financiamento.
Nestes sites, geralmente, é possível encontrar uma guia onde podemos fazer uma simulação, para saber exatamente quanto pagaremos de parcela e, principalmente, quanto pagaremos de juros.
Daí a importância de ter em mãos o ano e modelo do automóvel, pois é a partir daí que começam os questionários destes simuladores. Logo em seguida, você precisará dizer o valor do carro, o valor da entrada (se houver) e o número de parcelas.
Vale lembrar que quanto maior o número de parcelas, menor será o valor das mesmas. Mas, em contrapartida, maior serão os juros aplicados no financiamento.
Então, em posse das simulações, escolha a entidade financeira que lhe ofereceu as melhores condições (de acordo com o seu estilo de vida e poder de compra) e, agora sim, é hora de ir escolher um carro e, principalmente, uma garagem que caiba dentro deste financiamento.
Assim, aprovar um financiamento e conseguir sair com o seu carro usado será muito fácil, pois você já acertou tudo em casa.
Dica:É interessante dar uma atenção maior para as cooperativas de créditos, elas oferecem juros menores em seus financiamentos e também aprovam pedidos com mais facilidade. Se possível, abra uma conta em uma delas, as condições serão ainda melhores.
Quais os tipos de financiamento para carros usados?
Atualmente, existem dois tipos principais de financiamento para carros usados. O CDC (crédito direto ao consumidor) e o Leasing.
CDC – Crédito Direto ao Consumidor
No CDC, a instituição financeira irá emprestar um dinheiro para o cliente fazer a compra do automóvel. Entretanto, esse dinheiro nem passa pela conta do comprador, vai direto para quem vendeu.
O que acontece é que o comprador fica com o carro, enquanto o banco paga por ele à vista. Entretanto, apesar do carro estar com os documentos no nome do comprador e ser dele para todos os efeitos, o banco ainda mantém o automóvel “penhorado”.
Ou seja, você não poderá negociar o carro enquanto não quitar todas as parcelas estipuladas. Isso acontece para que, se um dia você deixar de pagar, o banco possa recolher o automóvel e enviar para leilão.
Neste leilão, o carro é vendido pelo lance mais alto e o valor da venda é usado para quitar os débitos. Todavia, se o valor obtido no leilão for maior do que sua dívida, o banco devolve a diferença para você. Agora, se for menor, você ainda precisará pagar o que falta!
Leasing
Este método é o mais utilizado nas garagens de carros usados e o mais fácil de ser aprovado pelas instituições financeiras. Neste caso, o banco paga pelo automóvel da mesma maneira que ocorre no CDC.
Entretanto, o carro não é do comprador. Ele é do banco, o que o comprador tem é uma “alienação”. Ou seja, é como se ele tivesse tomado o carro como um empréstimo do bancoque, ao terminar de quitar as parcelas, o banco transfere para o nome do comprador.
Outra diferença para o CDC é que, neste modelo, como o carro pertence ao banco, se o comprador deixar de pagar as parcelas o banco pode recolher o carro e fazer o que bem entender dele (usar, vender diretamente ou em leilões).
Também, não tem a obrigação de devolver nenhum valor para o comprador. Ou seja, se faltar apenas mil reais para quitar o financiamento de um carro de 15 mil e o banco recolher, você perde tudo que pagou até então.
Conclusão
Como podemos notar, seja lá qual for o modelo de financiamento escolhido, o banco sempre terá poder sobre o automóvel, caso precise quitar uma eventual dívida que você vir a deixar. Por isso, carros mais novos ou com uma entrada maior são mais fáceis de financiar.
Carros novos, perdem menos valor de mercado em um leilão e, logo, é mais fácil de quitar o empréstimo feito pela instituição financeira.
Carro com uma entrada maior, por sua vez, valem mais. Ou seja, se você financiar um carro de 15 mil reais e der 5 mil de entrada, não pagar nenhuma parcela, o banco pode tomar seu carro de 15 mil pelos 10 mil que ele precisou financiar. Quer dizer, é um excelente negócio!